Jawad Bendaoud foi absolvido por falta de provas de que ele tenha providenciado as acomodações para os terroristas com o objetivo de escondê-los e que não conhecia as intenções dos homens -  Reprodução/BFMTV
Jawad Bendaoud foi absolvido por falta de provas de que ele tenha providenciado as acomodações para os terroristas com o objetivo de escondê-los e que não conhecia as intenções dos homens Reprodução/BFMTV
Por O Dia

França - Jawad Bendaoud, o homem que abrigou dois dos autores dos ataques jihadistas de 13 de novembro de 2015 em Paris, foi absolvido nesta quarta-feira pelo tribunal de correção de Paris por falta de provas de que ele tenha providenciado as acomodações para os terroristas com o objetivo de escondê-los. Os juízes consideraram que o homem não conhecia as intenções dos jihadistas. 

O homem é delinquente reincidente por tráfico de drogas e corria o risco de ser preso por até seis anos, conforme pedido pela promotoria, por ter fornecido a Abdelhamid Abaoud e a seu cúmplice Shakib Akrouh, um 'squat' (moradia ocupada), onde se esconderam em Saint-Denis, perto de Paris.

Os terroristas chegaram no apartamento no dia 17 de novembro e ficaram abrigados lá até o dia seguinte, quando a polícia atacou e os dois morreram no local. No mesmo dia, 18 de novembro, Bendaoud se apresentou ante à AFP e à cadeia de informações BFMTV, nas ruas de Saint-Denis, para admitir que havia abrigado os dois homens, para, em seguida, assegurar que não sabia quem eram.

O acusado insistia que não sabia que os homens eram terroristas e afirmou que “Nem por 150.000 euros teria abrigado terroristas", insistiu. O promotor Nicolas Le Bris se declarou parcialmente convencido pelos argumentos e disse que "Não há elementos suficientes para poder afirmar que conheciam e sabiam que os fugitivos haviam participado dos atentados", afirmou.

Após ouvir o veredicto, Jawad Bendaoud levantou os braços em sinal de vitória, cumprimentou os guardas que o escoltavam e beijou seu advogado. O atentado deixou 130 pessoas mortas em Paris e Saint-Denis e, segundo os investigadores, os jihadistas planejavam um novo atentado no bairro La Défense, nos arredores de Paris.

Outros condenados

A corte, no entanto, condenou os outros dois réus a cinco anos de prisão por cimplicidade com crime terrorista. Um deles é Mohammed Soumah, julgado por acobertar terroristas. Os juízes consideraram que ele tinha informações suficientes sobre as intenções dos jihadistas e que o acusado tinha vontade de ajudá-los com a fuga.

O outro homem, Youssef Ait Boulahcen, foi julgado por não denunciar crime terrorista. Ele é primo do líder Abaaoud e irmão de Hasna Ait Boulahcen e foi condenado a 4 anos de prisão, um deles com condicional.

Com informações da AFP

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