O secretário Rafael Milan (ao centro) com secretários e representantes do movimento LGBTIKristian Amarante /PMBR
O secretário municipal de Direitos Humanos e Igualdade Racial, Rafael de Milan, enfatizou que o Simpósio está dando um exemplo para a Baixada Fluminense do que é um governo democrático que acolhe a todos e não tem preconceitos. “Infelizmente, tem acontecido casos de violência contra homossexuais e trans aqui na cidade. Mas a nossa Secretaria tem tomado providências, correndo atrás, notificando e cobrando as investigações da polícia. E através da nossa pressão, um caso foi solucionado”, ressaltou Rafael. “Nosso governo vem criando políticas para atender a essa população, que sofre muito e que é excluída a todo momento. E nós estamos aqui para fazer a garantia de direitos”, argumentou.
Rafael de Milan também convidou a todos os presentes para o “Projeto Levando Cidadania”, que será uma ação social envolvendo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que acontecerá no sábado (09/12), no CIEP Ernesto Guevara, de Jardim Bom Pastor. Além dos vários serviços de assistência social, também haverá uma roda de conversa com o tema “Os impactos sociais na violação de direitos da população LGBTQIAPN+”, com Wallace Santos de Oliveira e Silva, que é psicólogo social no centro de Cidadania LGBTI+ de Queimados, e uma outra roda de conversa, mas sobre o combate ao racismo e à intolerância religiosa.
Quatro equipamentos
O superintendente de políticas LGBTI+ da SEDSODH, Ernane Alexandre Pereira, disse que é de suma importância levar o debate para dentro da Câmara dos Vereadores. “Quando a gente começou esse programa “Rio sem LGBTIfobia” lá em 2010, nós só tínhamos um equipamento, mas hoje nós já temos quatro”, explicou o avanço do projeto. “A gente tem que ter essa luta antirracista e antiLGBTIfóbica, cada vez mais, pois também temos muitas pessoas brancas e cis que se envolvem nessa política. E é o que a gente fala, quer lutar contra o racismo? Contra a LGBTIfobia? Não precisa ser lésbica, ou negro, e sim tratar o próximo com empatia”, finalizou Ernane.
A moradora da cidade e professora de história, Thaís Graniço, 28 anos, ficou muito feliz com esse primeiro Simpósio na cidade. “Ele tem uma importância e uma relevância muito grande para a Baixada Fluminense e para promoção dos nossos direitos como pessoas LGBTs”, disse Thaís.
O Simpósio contou também com a participação dos secretários Sérgio Lins (Trabalho, Renda e Economia Solidária) e Igo Menezes (Meio Ambiente, além de vários palestrantes, dentre eles: o mediador e coordenador municipal de Diversidade, especializado em políticas públicas LGBTQI+, Mateus Goulart; a fundadora do grupo Triângulo Rosa de Cidadania LGBTI+, Ana Costa; o superintendente de políticas LGBTI+ da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (SEDSODH), Ernane Alexandre Pereira; o vice-presidente do Conselho Municipal de Igualdade Racial, Cassius Clay; a coordenadora do Centro de Cidadania LGBTI+, Cátia Cilene, e público em geral.
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