Por rafael.souza

São Paulo - Morreu na noite dessa segunda-feira, uma das vítimas atropeladas por um carro desgovernado conduzido por um motorista bêbado na noite do último domingo, na região de Pinheiros, Zona Oeste de São Paulo. 

Anariá Recchia Mourão%2C de 32 anosReprodução / Facebook

Após o acidente, a socióloga Anariá Recchia Mourão, de 32 anos, foi internada no Hospital das Clínicas em estado grave. Ela passou por procedimentos médicos durante todo o dia, mas acabou não resistindo aos ferimentos. 

O acidente

Eram 23h40, quando a socióloga Anariá Recchia Mourão, de 32 anos, seu marido, o biólogo Sávio Mourão Henrique, 36, e um colega do casal, Thiago Campos do Amaral, 33, fecharam a conta no bar na altura do número 1.570 da Rua Cardeal Arcoverde. A atendente havia acabado de tirar a penúltima mesa da calçada, mas o trio, que frequenta o local semanalmente e tinha terminado de comer sua tradicional porção de pernil, pediu para ficar na mesa para fumar um último cigarro.

Anariá Recchia e o marido%2C o biólogo Sávio Mourão HenriqueReprodução

Minutos depois, o pintor Erick Silveira dos Santos, 34, desceu em alta velocidade pela rua com seu Chevrolet Corsa, invadiu a calçada e atropelou as vítimas. 

“Não teve barulho de freio. A batida pareceu uma bomba. Virei para trás e só vi o cara tentando dar ré, mas sem sair do lugar. Então, ele abriu a porta e saiu correndo”, explicou o cozinheiro Vinícius Avelino de Lima, 27, que trabalha no bar.

“A batida foi tão forte que a mulher foi arremessada para dentro do bar na única parte do portão que estava aberta. O estrago foi pior, pois estava com as duas pernas apoiada em outra cadeira. Ela não falava nada, mas conseguia mexer os braços. Não parava de sangrar e colocou as mãos nas costas, que ficaram abertas com tanto ferimento”, relembrou Vinícius. “Segurei forte a mão dela até o resgate chegar.”

A socióloga foi para Hospital das Clínicas e morreu após não resistir aos ferimentos. Sávio  foi o segundo atingido e acabou arremessado por quatro metros, teve um ferimento grande na cabeça e foi socorrido à Santa Casa, onde continuava internado sem risco de morte. E Thiago teve escoriações pelo corpo e já recebeu alta do Pronto Socorro da Lapa na madrugada dessa segunda.

Erick fez o teste do bafômetro quando a PM chegou, e o resultado foi 0,72 mg  de álcool por litro de ar expelido, sendo que já é crime quando o teste apresenta quantidade superior a 0,33 mg. Ele foi preso por dirigir alcoolizado, lesão corporal culposa e conduzir sem CNH. 

“O cara só falava que tinha bebido, que estava com problemas pessoais e pediu para eu chamar o Samu”, contou o cozinheiro. 

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