Por thiago.antunes

Brasília - O Partido dos Trabalhadores chegou ao poder em janeiro de 2003 e o deixou, definitivamente, após 13 anos, coincidentemente o mesmo número da legenda que na última década ditou os rumos da política brasileira. Um governo que chegou ao fim com altos índices de reprovação e marcado por escândalos de corrupção, mas com inegáveis conquistas nas áreas sociais.

O professor da área de finanças públicas da Universidade de Brasília, Roberto Bocaccio Piscitelli diz que o maior legado da gestão petista foi a ascensão de classes menos favorecidas.

“O Brasil é um dos campeões da desigualdade no mundo e nesse período houve uma melhoria, apresentada pelo índice de Gini (parâmetro internacional para medição da miséria). Como houve um crescimento, não se pode dizer que alguém saiu perdendo. Houve uma redução e quase eliminação da pobreza. Do ponto de vista econômico, houve uma emergência de classes, rendas mais altas e melhoria de vida com acesso a bens de consumo”, explica.

Segundo Piscitelli, a política de valorização do salário mínimo, com aumento acima da inflação, assegurou o crescimento de renda dos trabalhadores.

“Houve uma enorme valorização do nível de renda de quem ganhava até três salários mínimos e isso foi mais favorecido com a formalização das relações de trabalho, com a formalidade que grande parte de trabalhadores não tinha”.

O economista Francisco Lopreto ressalta que 40 milhões de brasileiros ascenderam de classe. “Esse é o aspecto mais importante da gestão petista. Rompeu a reprodução da miséria do Brasil tradicional”, afirma. 

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