Por karilayn.areias

Rio - O impeachment sofrido por Dilma Rousseff já é destaque na imprensa internacional. Após votação que culminou na destituição de Dilma da Presidência da República, muitas publicações classificaram o processo como "fim de uma era". A notícia foi amplamente divulgada. Para o jornal norte-americano "The New York Times" a votação foi "um veredicto sobre a liderança de Dilma e a erosão da fortuna do Brasil". 

A rede de televisão CBS news afirmou que a decisão do Senado brasileiro "culmina a luta de um ano que paralisou a economia mais poderosa da América Latina e expôs fendas profundas" entre todos os setores da sociedade do Brasil, desde as relações raciais até as decisões sobre gastos sociais.

Outra rede de televisão, a ABC news lembrou que Dilma Rousseff foi uma referência mundial por combater a corrupção, mas agora é ela própria quem está sofrendo o resultado de uma acusação de ter "supostamente manipulado as finanças do governo para esconder um crescente déficit na arrecadação.

O "The Guardian" classificou o episódio como o fim do domínio de 12 anos do Partido dos Trabalhadores (PT). A publicação destacou ainda que o senado está contaminado por corrupção e que Michel Temer é um aristocrata de centro-direita e um dos líderes da conspiração que destituiu sua ex-companheira de chapa do cargo.  O jornal britânico também ressaltou que Dilma Rousseff foi a primeira mulher presidente do Brasil.

O espanhol Clarín destacou o impeachment e questionou: "Do que ela era acusada?" Na explicação, o jornal diz que "não eram acusações ligadas à corrupção, mas, sim, à manipulação das contas públicas para ocultar o déficit fiscal. Prática conhecida como 'pedaladas fiscais'. Já o 'El País', classificou a destituição do cargo como uma troca de governo traumática.

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