Ao juiz Sérgio Moro, Cerveró afirmou que quem fazia as indicações era o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e que não sabia de nenhuma interferência do ex-presidente, negando qualquer tipo de contato com Lula. Ele também disse não conhecer o tríplex no Guarujá atribuido ao ex-presidente.
De acordo com o site Paraná Portal, no depoimento, o ex-diretor garantiu que não havia nenhum acordo para pagamento de propina ou arrecadação para fundos partidários e que o esquema investigado pela Lava Jato foi acordado depois de sua nomeação.
No início do mês, Cerveró prestou depoimento afirmando que Lula o teria indicado ao cargo de diretor financeiro na estatal, já em 2008, como agradecimento pelo perdão de uma dívida de R$ 12 milhões do PT junto ao banco Schahin, com recursos de um contrato da Petrobras.
Nesta quinta, Cerveró admitiu a declaração anterior, afirmando que precisou sair da diretoria da área internacional por negociações políticas e que foi informado pelo ex-presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, que Lula o havia indicado ao cargo, que estava vago.