Medo Supremo
Três ministros do STF – Lewandowski, Gilmar Mendes e Dias Toffoli – decidiram mudar seus entendimentos sobre as prisões decretadas pelo juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, e começaram a soltar notórios detidos em situação preventiva. Os processos continuam, obviamente. Mas o que causa estranheza entre procuradores e juízes é que essa liberdade em série, que deve se estender a outros, se iniciou na iminência de delação premiada de Antonio Palocci, Renato Duque e Eduardo Cunha.
Italiano & chefes
Palocci está disposto a entregar supostos esquemas de fusões de grandes empresas e bancos e suas ligações com os Governos de Lula e Dilma.
Duque & BTG
Duque, ex-diretor da Petrobras, pode abrir o jogo sobre eventuais esquemas políticos no rombo da Sete Brasil, a furada empresa de prospecção, e sua ligação com o BTG.
Cunha & Tetê
Eduardo Cunha tem muita coisa a contar da sua intimidade político-partidária com o então presidente do PMDB e colega de plenário Michel Temer.
‘Caixão’ partidário
Mais de R$ 38 milhões do Fundo Partidário abasteceram as contas das 35 legendas em abril. O PT encabeça: recebeu do Fundo, que é dinheiro público, R$ 5.049.442,40; depois aparecem PMDB, com R$ 4.142.215,09; PSDB, R$ 4.266.334,26; DEM, R$ 1.609.144,14; PP, R$ 2.500.548,41; PSB, R$ 2.438.982,19 e PDT, com 1.325.798,37.
Nanicos$
Conhecidos como “nanicos”, os partidos Novo e PMB receberam, cada, R$ 55.667,89. De janeiro a abril, o Fundo Partidário jorrou mais de R$ 214 milhões nas contas das siglas. O Novo tem bandeira pelo fim do fundo partidário.
Do seu, do nosso
Essa farra com dinheiro público nos partidos é visível para muitos. No início do ano passado, o deputado Carimbão (AL) e outros decidiram pular do PROS revoltados após ver o presidente, Eurípedes Jr, comprar um helicóptero com dinheiro do fundo.
Degola
Os diretores apadrinhados políticos exonerados do DNPM por retaliação ao PSB, que votou contra a reforma trabalhista, são Nilton Fonseca Filho, do Rio; Ranilson Campos, de Alagoas; e Octávio Santiago, do Rio Grande do Norte.
Os faltosos
O deputado Beto Mansur (PRB-SP), escalado pelo Palácio para contabilizar votos, aponta que o Governo contará com pelo menos 12 votos a mais que o necessário (308) para aprovar a reforma da Previdência na Câmara.
A conta
Mansur diz contar com 20 votos dos 39 deputados que faltaram à sessão que aprovou a reforma trabalhista na última semana.
CPI da Funai
Com 3 mil páginas, o relatório da CPI da Funai/Incra, que será votado semana que vem, sugere o indiciamento de pelo menos 50 envolvidos em crimes como desvio de recursos públicos, formação de quadrilha, prevaricação e improbidade administrativa.
Há caixa
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, garantiu a deputados que os Fundos Constitucionais não sofrem contingenciamento por serem fomentados por impostos de renda e de importação sem vínculo com o orçamento.
Prós..
A reforma trabalhista, que passou na Câmara, continua rachando opiniões. “Acaba com o imposto sindical porque o trabalhador não precisa sustentar sindicato e seus sindicalistas”; diz o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
..e contras “
Quem fez esse projeto (reforma trabalhista) foram os patrões que querem explorar os trabalhadores brasileiros”, rebate o líder do PT na Câmara, Carlos Zaratini (SP). O embate ganha força semana que vem no Senado.
Ponto Final
Filho do presidente do TSE, Gilmar Mendes, o consultor legislativo do Senado Francisco Schertel Mendes lançou o livro “Compliance, Concorrência e Combate à Corrupção”.
Coluna de Leandro Mazzini