Por lucas.cardoso
Delator afirma que pagou propina de R$ 3,7 milhões em entrega e reformas feitas no apartamento de luxoReprodução

São Paulo - O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin Martins, declarou, por meio de nota distribuída por sua assessoria de imprensa, que o executivo Agenor Franklin Medeiros e o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro - que depôs há duas semanas no caso tríplex - "encontram-se na mesma situação". "Agem na perspectiva de receber benefício no momento em que depõem como réus, sem o compromisso de dizer a verdade. Foi nessa condição o depoimento de Medeiros."

Franklin Medeiros, ex-diretor da OAS, confessou nesta quinta-feira, o pagamento de propina pela empreiteira em contratos da Petrobras. Interrogado pelo juiz Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, ele disse que os pagamentos eram operacionalizados no setor da OAS comandado por um outro executivo do Grupo, Mateus Coutinho, já condenado em primeiro grau na Lava Jato e, depois, absolvido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região. "Existe uma área da empresa que trabalha na parte de vantagens indevidas. Uma área chamada 'controladoria', onde doações a partidos até de forma oficial saíam", disse.

Ex-executivos da OAS deram declarações afirmando que o apartamento tríplex na cidade do Guarujá, no litoral paulista, estaria reservado para o ex-presidente - e seria uma forma de a construtora dar propina ao ex-presidente. Lula nega.

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