Brasília - O ministro Edson Fachin, relator da operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta quinta-feira que negou o pedido de prisão do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e não irá levar o caso para o plenário decidir sobre o assunto.
Caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, autor do pedido, decida recorrer da decisão de Fachin, o caso segue direto para o plenário. Entretanto, o afastamento de Aécio do cargo de Senador está mantido e ele não poderá participar de votações. O tucano ainda poderá frequentar o Congresso Nacional.
No início da manhã desta quinta-feira, três procuradores e cinco policiais federais chegaram ao apartamento de Aécio, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, Zona Sul do Rio. No entanto, eles precisaram chamar um chaveiro para abrir a porta, já que não havia ninguém na residência. Às 8h25, os agentes saíram do prédio com documentos e não quiseram falar com a imprensa.
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Os gabinetes de Aécio, Zezé Perrella e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures, no Senado, em Brasília, também são alvos dos agentes. Em Minas Gerais, o presidente do PSDB tem um imóvel em Anchieta e uma fazenda no município Cláudio, no interior do estado.
Irmã de Aécio Neves é presa em Minas
A irmã do senador Aécio Neves (PSDB), Andrea Neves foi presa durante a força-tarefa da Operação Lava Jato, nesta quinta-feira, em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Ela é acusada de pedir dinheiro para Joesley Batista em nome do irmão, que recebeu R$ 2 milhões do empresário em entrega filmada e registrada. O dinheiro foi dada a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio.
A revelação foi feita pelo colunista Lauro Jardim, do jornal "O Globo", na noite desta quarta-feira. O empresário também teria gravado Aécio lhe pedindo os R$ 2 milhões. O valor teria sido entregue a um primo do senador, em espécie, que teria levado as notas para uma empresa de Perrella.