Por adriano.araujo

Rio - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou, na manhã desta quinta-feira, 18, mais um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer. O pedido é o segundo feito por um parlamentar da Rede Sustentabilidade. Na noite de ontem, o deputado Alessandro Molon (RJ) também protocolou representação contra o presidente.

De acordo com Randolfe, o pedido de impeachment é um cumprimento de sua atribuição política, mas ele acredita que a melhor solução é que Michel Temer renuncie ao cargo.

"O pedido de impeachment é um processo traumático. O julgamento da chapa pelo TSE é mais rápido, mas também é traumático. O que resta de bom senso ao presidente Michel Temer imporia que ele renunciasse à presidência da República", afirmou.

Senador Randolfe Rodrigues protocolou impeachment de Michel Temer. É o segundo pedido desde quarta-feiraJosé Cruz/Agência Senado

O pedido de impeachment foi assinado por Randolfe, pelo porta-voz da Rede, Zé Gustavo, e pelo advogado do partido, Danilo Morais dos Santos. A representação tem por base o áudio entre donos da JBS e o presidente, que autoriza a compra de silêncio do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Temer faz reunião e avalia se faz pronunciamento

O presidente Michel Temer, que tinha uma agenda extensa de reunião com parlamentares para aparentar "normalidade", desistiu dos compromissos e está reunido neste momento com os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência). Segundo fontes do Planalto, o grupo e outros auxiliares do presidente, está discutindo os desdobramentos da delação de Joesley Batista e avaliando a possibilidade de um pronunciamento de Temer.

Na quarta, assim que a informação de que Joesley Batista, da JBS, teria gravado o presidente dando aval para a compra do silêncio de Eduardo Cunha, Temer reuniu aliados e decidiu soltar uma nota negando as acusações.

Cassação de Aécio

A Rede Sustentabilidade também irá protocolar um pedido de cassação do senador Aécio Neves (PSDB-MG) com base em pedido de propina de R$ 2 milhões, delatado pelo dono do frigorífico da JBS, Joesley Batista.

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