Brasília - O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou, na tarde desta sexta-feira, os vídeos da delação da JBS. A delação, que teve quebra de sigilo na quinta pelo ministro Edson Fachin, conta com duas mil páginas. As oitivas foram gravadas em vídeo.
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Baseado nos depoimentos de Joesley Batista, presidente da JBS, e Ricardo Saud, executivo da companhia, Michel Temer será investigado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça. Em um dos documentos entregues por Joesley para a Procuradoria-Geral da República, consta que Joesley teria pago R$ 4,7 milhões para Temer, entre 2010 a março de 2014.
No primeiro vídeo, Joesley Batista explica confirma ter feito pagamentos de propina para políticos de partidos e explica como era o esquema. "Se combina com o político em questão e procede o pagamento, que é feito das mais diversas maneiras: nota fiscal fria, dinheiro, caixa 2 e até mesmo doações. São propinas disfarçadas de doação política, essas contrapartidas", diz Batista.
"Nós fizemos doação oficial de R$ 400 milhões, R$ 100 milhões foram notas fiscais frias. O total foi de R$ 500 milhões. Esses R$ 400 milhões foram essas contrapartidas", prossegue. Assista abaixo.