Por karilayn.areias

Rio - O governo pretende intensificar as negociações com os parlamentares para retomar a votação da Reforma da Previdência na Câmara. A intenção é dar sinais positivos ao mercado e aos investidores, depois de a equipe econômica ter anunciado ampliação na previsão de rombo nas contas neste e nos próximos três anos.

Mas os planos no governo devem esbarrar em um Congresso cada vez mais focado na Reforma Política, que precisa ser aprovada até o início de outubro e mexe diretamente com os interesses dos parlamentares.

“A Reforma da Previdência está parada. Não adianta ficar mexendo nisso agora, porque a gente não está com essa pauta. Tem reforma política, meta fiscal na frente”, afirmou Beto Mansur (PRB-SP), um dos vice-líderes do governo na Câmara.

As articulações pela Reforma da Previdência ficaram completamente paralisadas após o estouro da crise política com as delações dos executivos da JBS, que implicaram o presidente Michel Temer.

Com a rejeição da denúncia contra Temer, a intenção é retomar as conversas pela aprovação das mudanças no sistema previdenciário. Mas o governo está longe de ter os 308 votos necessários para aprovar a reforma. Pelas contas de Mansur, o governo tem hoje 220 votos a favor. Esse número é até menor do que os cerca de 250 que eram contabilizados antes do episódio JBS.

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