Rio - A defesa do grupo J&F, holding controladora do frigorífico JBS, entregou os passaportes do empresário Joesley Batista e de Ricardo Saud, que é diretor de Relações Institucionais do grupo empresarial. Os dois são delatores da Lava Jato.
Os advogados dos executivos pediram para serem ouvidos pelo relator da Lava Jato no STF, o ministro Luiz Edson Fachin, antes que ele tome uma decisão sobre o pedido de prisão de Joesley e Saud, que foi apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nesta sexta-feira.
Como está sob sigilo, nem a Procuradoria Geral da República (PGR) nem o Supremo confirmam que o pedido de prisão foi enviado. Caso Fachin autorize as prisões, o acordo de delação premiada feito entre a J&F e a PGR poderá ser rescindido.
Segundo o termo de delação, o acordo pode perder efeito se o colaborador mentiu ou omitiu, se sonegou ou destruiu provas. Ainda que os termos da delação sejam suspensos, provas, depoimentos e documentos continuarão valendo.