Goiânia - Os alunos da educação infantil e do ensino fundamental do 1º ao 5º ano retornaram às aulas nesta segunda-feira no Colégio Goyases, em Goiânia (GO). No último dia 20, um dos alunos do 8º ano atirou em colegas dentro da sala de aula, matando dois adolescentes e ferindo quatro.
Na semana passada, foram realizadas reuniões com psicólogos, pais e professores de todos os segmentos da escola. Os estudantes do ensino fundamental do 6º ao 9º ano retornam às aulas nesta terça-feira.
O estudante de 14 anos que atirou contra os colegas disse à polícia que era vítima de bullying e que se inspirou nos casos de Columbine, nos Estados Unidos, e Realengo, no Rio de Janeiro, em que atiradores também abriram fogo dentro de escolas.
Situação das vítimas
De acordo com o boletim médico do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgado hoje, a adolescente Marcela Rocha Macedo, de 14 anos, está consciente e não reclama de dores. Ela foi atingida na mão, pescoço e no tórax, passou por procedimento cirúrgico e respira espontaneamente.
A outra vítima do ataque que permanece internada no Hugo é Isadora de Morais, de 14 anos. A menina levou três tiros e teve os dois pulmões perfurados. Ela sofreu uma lesão na medula e perdeu o movimento das pernas. Isadora permanece internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado regular, consciente e respirando de forma espontânea, com auxílio de oxigênio. As duas não têm previsão de alta.
Os adolescentes Hyago Marques e Lara Fleury Borges, que sobreviveram ao ataque, já receberam alta. A menina, atingida por um tiro no punho, deixou o Hospital de Acidentados Clínica Santa Isabel no dia 24, e Hyago deixou o Hugo no dia 22. Dois estudantes foram mortos: João Vitor Gomes e João Pedro Calembo, ambos de 13 anos.