Presidente eleito, Jair Bolsonaro, fala à imprensa, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília - Valter Campanato/Agência Brasil
Presidente eleito, Jair Bolsonaro, fala à imprensa, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em BrasíliaValter Campanato/Agência Brasil
Por Agência Brasil

Brasília - O presidente eleito, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quarta-feira que poderá criar até 22 ministérios em seu governo, sete a mais do que os 15 previstos inicialmente. A última pasta, segundo ele, poderá ser o Ministério das Mulheres, a partir de um pedido da bancada feminina no Congresso Nacional. Atualmente, o governo tem 29 ministérios.

"Vai ser decidido (sobre a criação da pasta), houve um apelo por parte da bancada feminina, grande parte presente aqui", afirmou, pouco antes de deixar o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, para retornar ao Rio de Janeiro.

De acordo com Onyx Lorezoni, futuro ministro-chefe da Casa Civil, a pasta reivindicada pela bancada feminina poderá ser a manutenção do atual Ministério dos Direitos Humanos, que cuida das políticas de igualdade racial, população LGBT e mulheres.

"(Queremos) um direitos humanos de verdade, não esse que está aí, que não tem qualquer eco na sociedade brasileira", disse Bolsonaro, ao se referir à possibilidade de manutenção da pasta.

Até agora, incluindo Banco Central e Advocacia Geral da União (AGU), foram anunciados 19 ministérios do futuro governo. Ainda faltam as indicações para o Meio Ambiente e Minas e Energia. Segundo o presidente eleito, os nomes serão anunciados na semana que vem.

"A semana que vem sai os demais ministérios", disse. Segundo ele, para o Meio Ambiente, a demora no anúncio se deve a conversas e acertos, e citou a indicação de um terceiro nome nos últimos dias, que ele está avaliando.

Segundo Onyx Lorenzoni, quando fora aprovada a independência do Banco Central, o órgão não terá mais status de ministério. Sobre a AGU, o governo ainda poderá avaliar se manterá o status de primeiro escalão, como ocorre hoje.

Bolsa Família

Bolsonaro também defendeu o uso da tecnologia para fazer um pente-fino nos benefícios do Bolsa Família. Mais cedo, o deputado federal Osmar Terra, indicado para o futuro Ministério da Cidadania, havia sinalizado a necessidade de fiscalização no programa.

"Hoje eu tive acesso a uma nova ferramenta, na busca de fraudes, é até um alerta para quem está fazendo coisa errada, de pessoas que recebem Bolsa Família e tem um rendimento acima de X por ano ou de acordo com os bens. O número foi assustador. Então, com essa nova ferramenta, nós vamos fazer um grande pente fino nesses projetos sociais, que nós queremos preservar, mas com saúde", disse o presidente eleito.

Reforma da Previdência

Sobre a reforma da previdência, Bolsonaro admitiu que nada deve ser encaminhado este ano, mas que uma proposta do seu governo será apresentada ao Congresso Nacional. "No corrente ano, será muito difícil [a aprovação]. Com toda certeza, alguma reforma a gente vai propor para o Parlamento discutir e aprovar a partir do ano que vem", disse.

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