Proporcionalmente, o Estado com a população mais vacinada é o Amazonas, onde 8,07% das pessoas receberam ao menos uma dose do imunizanteTânia Rêgo/Agência Brasil

Por O Dia
Com nova alta de casos, colapso em sistemas de Saúde estaduais e com o Brasil registrando quase 2 mil mortes em 24h pela covid-19, o Ministério da Saúde enviou ofício à embaixada da China pedindo apoio para a compra de 30 milhões de doses da vacina da farmacêutica chinesa Sinopharm. O documento foi encaminhado na segunda-feira (8) pelo secretário-executivo da pasta, Elcio Franco, que ressaltou o risco de paralisar a vacinação dos brasileiros por falta de doses. As informações são do portal “G1”.
Segundo Franco, o risco de interrupção da campanha nacional de imunização se deve à “escassez da oferta internacional”. No documento, ele reforçou o interesse da pasta em adquirir doses do imunizante da Sinopharm, “cuja vacina é de comprovada eficácia contra a Covid-19”.
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O secretário-executivo do Ministério da Saúde citou também a variante do vírus identificada inicialmente em Manaus e falou da “importância de conter essa cepa e de impedir que se espalhe pelo mundo, recrudescendo a pandemia”. Franco usou a questão como outra justificativa para o pedido de apoio na compra de doses do imunizante.
Polêmicas com a China
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O pedido acontece depois de uma série de polêmicas entre integrantes do governo brasileiro e a China, em especial o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming. O presidente Jair Bolsonaro, por exemplo, deu, em outubro de 2020, declarações desprezando a “vacina chinesa”, em referência à CoronaVac, que acabou sendo uma das principais apostas do Brasil para vacinar a população. Seu filho Eduardo Bolsonaro também protagonizou episódio parecido em declaração que culpava a China pela disseminação mundial do novo coronavírus.
Quando isso aconteceu, houve resposta da Embaixada da China no Brasil dizendo que as palavras de Eduardo Bolsonaro eram “extremamente irresponsáveis”. O texto ainda acrescentou que ele contraiu “um vírus mental” ao voltar de Miami, em referência à sua relação com os Estados Unidos que, especialmente no governo Trump, estremeceu as relações com o país do Oriente.
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Já em novembro, porém, o mesmo Eduardo Bolsonaro voltou a dar declarações polêmicas contra a China, desta vez com o leilão da tecnologia 5G como assunto, Segundo o filho do presidente da República, em uma rede social, o leilão da tecnologia deveria ser “seguro, sem espionagem da China”. O post ganhou nota de repúdio do país oriental.