O advogado criminalista foi o entrevistado da live do Brasil Econômico desta quinta-feira (25)
O advogado criminalista foi o entrevistado da live do Brasil Econômico desta quinta-feira (25)Brasil Econômico/Guilherme Naldis
Por Brasil Econômico
O entrevistado do Brasil Econômico ao Vivo desta quinta-feira (25), Kakay, que esteve presente em julgamentos importantes da história recente do Brasil, classificou como "briga de quadrilha", a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro . Para ele, o ex-ministro da Justiça sempre teve um projeto político, e utilizou a Operação Lava Jato para se tornar "herói".

Segundo Kakay, a manutenção da ordem no sistema de justiça é fundamental pois "atinge o cidadão na ponta", e complementa dizendo que "esse grupo, liderado pelo Moro e por esses procuradores, foram os principais reesposáveis, por esse presidente que cultua a morte, que faz a necropolítica".

Veja o vídeo: 

Não consigo nem comemorar a grande vitória constitucional que nós tivemos, porque estamos com 300 mil mortos, 3 mil mortos por dia. Como eu posso comemorar alguma coisa?", questionou indignado ao se referir à anulação das condenações do ex-presidente Lula pelo ministro Edson Fachin.

Com Moro declaradamente suspeito, como definiu a 2ª turma do STF por 3 votos a 2, o advogado defende que seja cumprida a Constituição, seguindo os trâmites legais. "Quero dar a eles aquilo que eles não deram aos advogados e réus de Curitiba, o devido processo legal, inclusive o direito à presunção de inocência".

Ao citar o rompimento posterior de Moro com o governo, argumenta que não tem relação com a indicação que Bolsonaro faria ao STF, "o Moro nunca quis ser ministro do Supremo, ele é um indigente intelectual, ele não conhece o direito. Ele pretendia ser presidente da República", disse.

Além disso, o advogado criminalista chamou a força tarefa de "inculta" ao citar Bertolt Brecht, que dizia "país nenhum precisa de heróis, eles se julgavam heróis".