Conmebol
ConmebolReprodução
Por O Dia
A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou o Brasil como nova sede da Copa América na manhã desta segunda-feira, 31, o que causou reações dos governadores dos locais cotados para receber o evento. Com a alta no número de casos de Covid-19, os governos de Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul se posicionaram contra a competição. Por outro lado, São Paulo, Amazonas e Cuiabá se colocaram à disposição para a realização do evento.
Pernambuco: 
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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), foi o primeiro a se recusar as condições de sede do evento. Paulo alegou, via assessoria de impressa, que o aumento dos números da Covid-19 no estado, vive seu pior momento desde o começo da pandemia.
Pernambuco tem 481.070 casos da Covid-19 e 15.807 mortes provocadas pela infecção.
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Rio Grande do Norte:
Fátima Bezerra (PT), governadora do Rio Grande do Norte, fez o comunicado na tarde da segunda-feira, através das redes sociais se recusando a participar da realização do evento. 
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No último domingo, o Rio Grande do Norte tinha 106 pessoas esperando um leito de UTI para tratamento da Covid-19.
São Paulo:
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O governo de São Paulo garante que não vai se opor caso algum estádio do Estado seja escolhido para receber partidas da Copa América. "O governo de São Paulo não fará objeção caso a CBF defina São Paulo como um dos locais de jogos da Copa América, desde que os protocolos do Plano São Paulo sejam obedecidos", disse o governo na nota. O governador, João Dória Júnior, deixou claro que o estado não irá se opor caso seja escolhido para sediar o local.
Doria ressaltou ainda que os dirigentes das equipes paulistas têm respeitado as normas determinadas pelo Estado, mas que vai aguardar as tratativas do torneio internacional para definir se São Paulo receberá ou não jogos.

"De forma geral, salvo uma ou outra exceção, os dirigentes das equipes de São Paulo agiram de maneira muito prudente e responsável. Vamos aguardar as próximas etapas advindas disso, mas a nossa preocupação prioritária em São Paulo é preservar vidas".
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Seis hospitais na cidade estão sem vagas e outros 10 passam de 80% de ocupação. O hospital da Brasilândia, na Zona Norte, que é referência para pacientes de Covid-19, está com 95% de ocupação.
Bahia:
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O governador Rui Costa (PT) afirmou mais cedo, através das redes sociais que, caso o estado receba partidas da Copa América, será mantida a proibição de torcidas nos estádios.
Mais tarde o governador mudou seu posicionamento e se colocou contra a realização da competição no Brasil.
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Rio Grande do Sul:
O governador Eduardo Leite emitiu um comunicado afirmando que não foi procurado pela Conmebol ou pela CBF. Mas alerta que, mesmo que esteja aberto ao diálogo com autoridades, entende que a prioridade está no combate à pandemia.
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A média móvel de mortes da última semana é de 106 óbitos diários. O indicador segue tendência de estabilidade, com aumento de 1% em relação há duas semanas.
Mato Grosso:
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Mesmo com alta nos casos, o Secretário de Cultura, Esporte e Lazer do estado, Alberto Machado, confirmou o desejo de Cuiabá ser uma das sedes da competição. São 439 internações em UTIs públicas e 378 em enfermarias públicas. A taxa de ocupação está em 90,7% para UTIs adulto e em 42% para enfermaria adulta. Há doze hospitais em Mato Grosso com a taxa de internação em 100%. Todos os outros estão acima de 76%.
Amazonas:
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O Governo do Amazonas, através da Fundação Amazonas de Alto Rendimento (FAAR), informou que não foi notificada sobre a possibilidade de sediar a Copa América deste ano. Mas afirma que, caso seja, irá discutir os protocolos de prevenção para que as partidas aconteçam. Atualmente, o Estado soma 386.074 casos de Covid-19 e 12.978 mortes.