'Defendo a autonomia do médico', diz Queiroga sobre tratamento precoce
Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, o conhecido tratamento precoce, recomenda o uso de remédios sem a indicação na bula para o tratamento da Covid-19
Nesta segunda-feira (29), o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, declarou sobre a autonomia médica para recomendar medicamentos off-label para pacientes infectados como novo coronavírus. As informações foram apuradas pelo Metrópoles.
Defendido pelo presidente Jair Bolsonaro, o conhecido tratamento precoce, recomenda o uso de remédios sem a indicação na bula para o tratamento da Covid-19.
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“Eu não defendo medicamentos nem condeno medicamentos. Existe uma regulação sanitária clara no Brasil a respeito do uso de medicamentos. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas do Ministério da Saúde devem ser respeitados e eles fazem parte de linhas de cuidado. Agora, o que eu defendo é a autonomia do médico para decidir o que é melhor para o seu paciente”, declarou em entrevista à CNN Brasil.
O “Kit Covid” é composto por hidroxicloroquina, azitromicina (antibiótico), ivermectina, prednisona (corticóide), suplementos e vitaminas alimentares como, por exemplo, whey protein. O uso de tais medicamentos e derivados, pode causar danos a saúde dos pacientes.
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“Vamos parar de politizar a pandemia, vamos olhar para a frente, vamos buscar as soluções, vamos buscar aquilo que é consenso”, afirmou Queiroga ao dizer que existem outros remédios usados no tratamento off-label que não foram ditos.
Queiroga ainda foi questionado sobre se o presidente Bolsonaro irá ou não se vacinar contra o vírus da Covid-19, o ministro disse de tratar de um assunto pessoal, mas acredita que o presidente vai se imunizar.
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“Questão da vacinação do presidente é privativa, é algo que depende dele. O instituto da liberdade e da privacidade deve ser preservado. Então, o presidente, no momento certo, quando chegar o grupo de risco dele, ele vai tomar a decisão se vai se vacinar ou não. Eu acredito que ele vá se vacinar, mas ainda não tratei desse assunto específico com ele”, ressaltou.
Após meses com um comportamento negacionista em relação à pandemia no Brasil, Bolsonaro passou a adotar um discurso pró-vacina, porém, nunca anunciou publicamente sua intenção de se vacinar contra o novo coronavírus mesmo sendo questionado diversas vezes.