Ministro defende Bolsonaro não usar máscara, 'cabe quem está perto se cuidar'
Anderson Torres, da Justiça, disse ser contra reabertura do caso da facada no presidente, 'sem fatos novos não se reabre inquérito'
Em entrevista a Veja divulgada nesta sexta-feira, 30, o novo ministro da Justiça, Anderson Torres, defendeu as aglomerações promovidas pelo Presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a falta do uso de máscaras.
O delegado da Polícia Federal, que tomou posse no Ministério a exato 1 mês, disse ser “um absurdo” Bolsonaro ser chamado de genocida pelo trato a frente a pandemia da Covid-19.
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“Se o presidente sai sem máscara e se expõe, cabe a quem está ali perto dele se cuidar. É um absurdo o chamarem de genocida. É uma covardia, num momento como este, misturar a tragédia com política”.
Na CPI da Covid , instalada no Senado, onde o governo é alvo de investigações sobre suas ações e omissões durante a pandemia, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) protocolou requerimento para Bolsonaro ser investigado por aglomeração provocada em Brasília.
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Em relação ao caso do atentado sofrido pelo chefe do executivo durante período eleitoral em 2018, onde a Polícia Federal já concluiu um inquérito demonstrando que Adélio Bispo teria agido sozinho, Anderson Torres foi sucinto, e afirmou que só irá reabri-lo caso haja fatos novos:
"Toda vítima de uma tentativa de homicídio tem a curiosidade de saber quem cometeu o crime, se foi um maluco, se alguém mandou. É da natureza humana. Nós conversamos sobre isso recentemente. A Polícia Federal fez uma investigação profunda e chegou à conclusão de que o criminoso agiu sozinho. Sem fatos novos não se reabre inquérito”.