O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)
O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)Jefferson Rudy/Agência Senado
Por ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos - RJ), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, causou um novo tumulto na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. O bate-boca começou após o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello ser questionado sobre uma afirmação feita por ele quando deixou a pasta, em março, quando disse que políticos estavam insatisfeitos com sua gestão por não terem recebido "pixulé".
Segundo Pazuello, quando falou em "pixulé", ele se referia a pequenos saldos de projetos que não foram aplicados, e que políticos poderiam realocar.
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De acordo com o ex-ministro, durante sua gestão, não houve esses recursos não aplicados. "Nós pegamos todos os saldos não aplicados, fizemos uma única portaria e investimentos na covid-19, no combate à covid-19", afirmou.
Em momento anterior ao interrogatório, Pazuello disse ainda que não tem conhecimento de ter havido "mau uso" da verba transferida pelo governo federal. "Que eu tenha conhecimento, não", declarou.
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Com a insistência do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), em saber se Pazuello se referia a alguém especificamente em sua crítica, Flávio Bolsonaro se manifestou na defesa do ex-ministro dizendo que Renan "está lembrando do Lula".
A afirmação causou um pequeno bate-boca entre o filho do presidente Bolsonaro e o senador Humberto Costa (PT-PE), que pediu a Flávio que tivesse respeito ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva.

Após a discussão, a sessão voltou a ocorrer normalmente, com questionamentos do relator da comissão, que também indagou a Pazuello ao que ele atribuía sua demissão do Ministério da Saúde

Pazuello se limitou a responder: "Missão Cumprida."