O ato foi registrado em vídeo e viralizou nas redes sociais, bem como outras cenas de violência registradas na manifestação do Recife contra Bolsonaro promovidas pela PM.
Agredida durante o ato prematuramente encerrado pela PM no Recife, Liana Cirne lamentou o uso de força e classificou como "lastimável" a violência da polícia contra um ato pacífico.
"Ele se dirigiu até a viatura e, no momento que pedi para que ele se identificasse, ele voltou para a viatura, e eu mais uma vez pedi que ele se identificasse. E então ele disparou um jato muito longo de spray de pimenta diretamente no meu rosto, a cerca de um palmo de distância do meu rosto, mas felizmente não tive nenhuma lesão mais grave nos meus olhos", completou.
Após ser agredida, a parlamentar seguiu para a Central de Plantões da Capital (Ceplanc), no bairro de Campo Grande, para registrar um boletim de ocorrência contra os policiais envolvidos. Os policiais, inclusive, também a denunciaram, e ela diz ter sido pega de surpresa.
Confira nota da vereadora Liana Cirne sobre as agressões policiais:
Ao receber as denúncias de agressões policiais cometidas contra participantes do ato, que até então transcorria pacificamente, nossa equipe se dirigiu à manifestação na ponte Princesa Isabel, no Recife, onde os policiais agrediam a população com balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta.
Ao passo que a vereadora se identificou, manteve a calma e tentou dialogar sobre o caráter pacífico da manifestação e sobre a ilicitude daquela ação policial, agindo para impedir novas agressões, a polícia, com truculência, a atacou com spray de pimenta diretamente no rosto.
Liana foi atendida na UPA e seguiu para registrar boletim de ocorrência na Central de Plantões da Capital, em Campo Grande.
A vereadora Liana Cirne manifesta sua solidariedade a todas as vítimas da ação policial ilícita e repudia firmemente os atos hoje ocorridos, pedindo a responsabilização não apenas dos policiais diretamente envolvidos, mas daqueles que comandaram a ação desastrosa".
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