Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz mostra que 20 estados e o DF têm taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%Reprodução/ Internet

Por O Dia
Rio - O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado nesta quarta-feira (9), revela que 20 estados e o Distrito Federal têm taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) acima de 80%. Segundo o levantamento, 12 unidades da Federação encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Tocantins (94%), Maranhão (90%), Ceará (93%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Alagoas (91%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (107%), Goiás (90%) e Distrito Federal (90%).
O estudo, feito entre os dias 31 de maio e 7 de junho, também mostra que nove estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (87%), Piauí (88%), Paraíba (80%), Bahia (84%), Minas Gerais (82%), Rio de Janeiro (81%), São Paulo (82%), Rio Grande do Sul (84%) e Mato Grosso (87%).
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O boletim ainda indica que apenas cinco estados estão na zona de alerta intermediário (60% e <80%): Rondônia (62%), Amazonas (61%), Pará (78%), Amapá (68%) e Espírito Santo (68%). Um está fora da zona de alerta: Acre (41%). 
"As taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos no SUS observadas em 7 de junho apontam para a persistência de quadro grave de sobrecarga no sistema de saúde pela Covid-19. Em face da vacinação dos idosos e maior exposição de adultos jovens, tem havido uma mudança no perfil etário de pacientes internados, que talvez venha incorrendo em maiores tempos de permanência hospitalar", esclareceu a Fiocruz.
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Alto risco
A entidade também alerta que o cenário atual da pandemia é de alto risco, "exigindo muita atenção e prudência". A análise mostra que as pequenas oscilações no número de casos nas últimas semanas demonstram a permanência de elevado nível de transmissão do vírus. Os pesquisadores chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.
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De acordo com o estudo, a combinação do número alto de casos com uma ligeira queda no número de óbitos e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) é muito preocupante. "Ainda é prematuro considerar que há uma queda sustentável de casos e óbitos ou que estamos entrando em uma terceira onda", observam.