Ex-secretário de Saúde do Estado do Amazonas Marcellus Campêlo presta depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira Divulgação/Secom
O ex-secretário foi então questionado pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), de como o Estado poderia ter parado de ativar leitos em razão do pedido de uma empresa privada. Campêlo respondeu que a paralisação não foi necessária porque, no mesmo dia (uma quinta-feira), a White Martins apresentou uma programação de fornecimento de oxigênio, em que novas cargas no insumo começariam a chegar no sábado.
Por sua vez, num terceiro contato da empresa com o ex-secretário no dia 7, a White Martins também pediu apoio do governo estadual para realizar uma requisição administrativa, porque estava enfrentando dificuldades para comprar um estoque de 20 mil metros cúbicos de oxigênio disponíveis em uma outra empresa, a Carbox. "Consultei o setor jurídico (do governo) e foi orientado que White Martins formalizasse pedido para fazermos esse processo", disse Campêlo.
Tratamento precoce
Durante a fala inicial à CPI, o ex-secretário também relembrou que, no dia 31 de dezembro, diante da alta de casos, o governo estadual enviou ofício ao Ministério da Saúde pedindo a presença da Força Nacional no Amazonas. Campêlo destacou também a viagem da secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, que chegou em Manaus no dia 4 de janeiro. Segundo o ex-secretário, a "ênfase" da visita de Mayra foi no chamado tratamento precoce da covid-19, composto por medicamentos sem eficácia comprovada, como cloroquina.
Ex-secretário de Saúde do Amazonas diz que pediu presença da força nacional de Saúde no dia 31 de dezembro, via ofício.
— Jornal O Dia (@jornalodia) June 15, 2021
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"E vimos uma ênfase da Dr. Mayra em relação ao tratamento precoce e disponibilização, relatando novo sistema que poderia ser usado e seria apresentado, o TrateCov. Viagem dela se deu com mais ênfase na atenção primária, para trabalhar com as prefeituras", relatou ele.
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