Luis Miranda e Luis Ricardo Miranda são convidados desta sexta-feira, dia 25, na CPI da CovidJefferson Rudy/Agência Senado
Em meio a uma discussão acalorada entre governistas e oposicionistas, Luis Ricardo afirmou que o setor do qual é chefe recebeu o documento pela primeira vez em 18 de março e que a "invoice" teve três versões ao longo da troca de e-mails. Em seguida, respondeu ao relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmativamente quando questionado se Onyx tinha mentido. O ministro sustentou que o documento foi adulterado. Luis Ricardo relatou ao Ministério Público ter sofrido "pressão atípica" para acelerar a importação de doses da vacina indiana.
Esse documento, segundo afirmam o servidor e deputado Luis Miranda (DEM-DF), previa o pagamento antecipado no valor de US$ 45 milhões referente a importação da vacina indiana Covaxin. O pagamento, porém, dependia do servidor da pasta que depõe hoje na comissão. Ele se recusou a assinar, pois a área técnica do ministério considerou indevido o pagamento antecipado para apenas 300 mil doses. "Tinha falhas na invoice e encaminhamos todas essas falhas para o fiscal do contrato, que é o responsável pela execução, para dar o 'de acordo' ou não para a continuidade do processo", relatou Ricardo.
"Recebemos com estranheza, porque essa explosão do nada, algo está errado", disse Miranda. "Eu recebi de forma no mínimo estranha", continuou o deputado, dizendo novamente se sentir ameaçado. "E até agora não foi respondido se teremos ou não segurança. Tínhamos todos os indícios para levar ao presidente", afirmou Miranda.
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