"Corrupção sempre é um crime trágico, imagina falar de corrupção quando brasileiros estão morrendo no meio da pandemia", disse o senador.Edilson Rodrigues/Agência Senado

Por O Dia
“É o mais cruel escândalo de corrupção do Estado brasileiro”, disse o senador e vice-presidente da CPI da Covid, Raldolfe Rodrigues (REDE-AP), ao classificar a denúncia do suposto esquema de corrupção no Ministério da Saúde para a compra de vacinas anticovid.
“Corrupção sempre é um crime trágico, imagina falar de corrupção quando brasileiros estão morrendo no meio da pandemia. Não é o primeiro nem o último, mas é o mais cruel escândalo de corrupção do Estado brasileiro”, disse Randolfe em entrevista ao GloboNews.
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Propina na compra de imunizantes
Informações publicadas nesta terça-feira, 29, pelo jornal Folha de S. Paulo, revelam o depoimento de um representante da Davati Medical Supply, uma revendedora de vacinas, que afirma ter recebido pedido de propina de US$ 1 por dose para fechar contrato com o Ministério da Saúde.
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Luiz Paulo Dominguetti Pereira afirmou que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina durante um jantar em Brasília, no dia 25 de fevereiro. Após a publicação da reportagem, Dias foi exonerado do cargo.
Esquema de corrupção na Saúde
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Randolfe também afirmou que a CPI desconfia de um possível "modus operandi" da corrupção no ministério. As negociações com participação de representantes e intermediários, segundo ele, acontecem também com outros insumos, como preservativos. O senador também afirmou que a nomeação de militares para a pasta, principalmente sob o comando de Pazuello, fez com que os novos integrantes se juntassem a antigos integrantes do centrão.
"É uma coalizão de antigos negociantes com novos que chegaram agora, que talvez não sejam tão novos, mas que, talvez, estivessem afastados durante algum tempo dos negócios e são reestabelecidos aqui com o velho 'centrão' político", afirmou.