Presidente Jair BolsonaroAFP

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ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - O ministro de Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, rebateu as críticas feitas pelo presidente Jair Bolsonaro sobre os protestos que ocorreram na ilha, no domingo, 11. Segundo o chanceler, Bolsonaro "deveria estar atento aos atos de corrupção que o envolvem e não desviá-los olhando Cuba com superficialidade".
Em publicação no Twitter, o ministro cubano repudiou as falas de Bolsonaro e criticou a gestão do chefe do Executivo brasileiro no combate à covid-19. "O presidente do Brasil deveria corrigir sua atuação negligente que contribui para o lamentável falecimento de centenas de milhares de brasileiros por covid e para aumentar a pobreza", afirmou. Rodríguez ainda rebateu outras declarações feitas por chefes de Estado sobre os protestos em Cuba, direcionando publicações ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e do Uruguai, Lacalle Pou.
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"A coragem e a liberdade do povo cubano são demonstradas há 6 décadas diante da agressividade dos Estados Unidos e diante das provocações", declarou o chanceler.
Na segunda-feira, 12 pela manhã, Bolsonaro aproveitou os protestos na ilha caribenha para tecer críticas ao socialismo e cobrou direitos essenciais para a população cubana. Segundo Bolsonaro, os protestantes foram às ruas pedir liberdade, mas a resposta das autoridades do país foi com "borrachada, pancada e prisão".

Na noite desta segunda, no Twitter, Bolsonaro voltou a se posicionar sobre o episódio. "Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende pro mundo a ilusão do paraíso socialista", publicou o chefe do Executivo brasileiro.