Presidente da CPI da Covid, Omar Aziz (PSD-AM)Pedro França/Agência Senado

Brasília - O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou, nesta quarta-feira, 14, que o depoimento do sócio da Precisa Medicamentos Francisco Maximiano será adiado para agosto. A oitiva estava marcada esta quarta-feira, mas, segundo Aziz, em razão do número de senadores inscritos na fila de perguntas para a diretoria-executiva da Precisa, Emanuela Medrades, não haveria tempo para ouvir o executivo. 
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"Nós ouviremos hoje a senhora Emanuela e marcaremos para agosto a vinda do senhor Maximiano para ser ouvido. Não há como ouvirmos as duas pessoas hoje, até porque o número de inscritos é muito grande. Então, vou comunicar aos advogados também que só ouviremos o Maximiano em agosto", afirmou o presidente da CPI.
Caso Covaxin 
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Em junho, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o governo federal comprou a vacina Covaxin por um preço 1.000% maior do que, seis meses antes, era estimado pela própria fabricante. Telegrama sigiloso da embaixada brasileira em Nova Délhi, de agosto do ano passado, ao qual a reportagem teve acesso, informava que o imunizante produzido pela Bharat Biotech tinha o preço avaliado em 100 rúpias (US$ 1,34 a dose). Em fevereiro deste ano, o Ministério da Saúde pagou US$ 15 por unidade (R$ 80,70, na cotação da época) - a mais cara dos seis imunizantes comprados até agora.
Ao contrário dos demais fármacos, negociados diretamente com seus fabricantes (no país ou no exterior), a compra da Covaxin pelo Brasil foi intermediada pela Precisa Medicamentos. A empresa virou alvo da Comissão de Inquérito Parlamentar, que passou a investigar supostas irregularidades no processo de aquisição da vacina indiana. 
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Após as polêmicas envolvendo a negociação, o contrato para compra do imunizante foi suspenso pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no dia 29 de junho. "Por orientação da CGU, por uma questão de conveniência e oportunidade, decidimos suspender o contrato para que análises mais aprofundadas sejam feitas. Por outro lado, o Ministério da Saúde vai fazer uma apuração administrativa para verificar todos os aspectos da temática que foram suscitadas a partir do final da semana passada", declarou Queiroga na ocasião.
*Com informações do Estadão Conteúdo