"Óbvio que não teve prevaricação. O presidente informou ao ministro da Saúde (na época, Eduardo Pazuello) o que tinha sido relatado", disse o senador.Leopoldo Silva/Agência Senado

Com a chegada do senador Ciro Nogueira (PP-PI) no comando do Ministério da Casa Civil, certas alterações no quadro de membros da CPI da Covid no Senado Federal foram notadas. Nogueira deixou uma vaga titular na comissão, que será ocupada pelo senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS). 

Segundo informações do Correio do Povo, Heinze, até então era suplente, entretanto sua cadeira será ocupada pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Após o recesso parlamentar, a Comissão retomam os trabalhos na próxima semana.
Presidente do PP e um dos líderes do centrão, grupo de partidos que dá sustentação política ao presidente no Congresso Nacional, Ciro Nogueira aceitou o convite para comandar a Casa Civil nesta segunda-feira.
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A nomeação de Ciro Nogueira para a Casa Civil, o coração do governo, é uma aposta do presidente Bolsonaro para manter o apoio político do Centrão e evitar uma possível abertura de processo de impeachment, neste momento em que vê sua popularidade caindo em meio a denúncias de corrupção e ao desgaste sofrido pelo andamento das investigações da CPI da Covid. Além de selar o casamento entre Planalto e Centrão, o movimento é também um aceno ao Senado - que ainda não havia sido contemplado com um ministério e desejava espaço na Esplanada.
Com as mudanças, chega a quatro o número de ministérios ocupados pelo Centrão. O bloco também tem os deputados João Roma (Republicanos-BA) na Cidadania, Fábio Faria (PSD-RN) nas Comunicações e Flávia Arruda (PL-DF) na Secretaria de Governo.

O senador, além de aliado de Bolsonaro no Congresso, era um dos membros governistas titulares da CPI da Covid, onde tentava rebater as denúncias que surgiram na comissão sobre supostos esquemas de corrupção na compra de vacinas pelo Ministério da Saúde.
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*Com informações do Estadão