Entre o final de agosto e setembro há a previsão da chegada de quase 52,4 milhões de doses – que fazem parte do primeiro acordo firmado no dia 19 de marçoDivulgação / Dado Ruvic

A Pfizer entregará o total de 17.640.090 milhões de doses da vacina contra a covid-19 até o dia 22 deste mês ao Ministério da Saúde. O aeroporto de Viracopos, em Campinas, em São Paulo, receberá 17 voos vindos de Miami, nos Estados Unidos, entre os dias 3 e 22. Somados aos lotes anteriores, mais de 47,6 milhões de doses terão sido entregues ao Brasil neste ano. 
Até então, somente aviões cargueiros da UPS transportavam as vacinas dos EUA para o Brasil, mas com o aumento do número de doses entregues a partir de agosto até o final do ano, aeronaves da Latam também entram nesse novo cronograma logístico.
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“A Pfizer passa de uma média de entrega de 1 milhão de doses por semana, para 1 ou 2 milhões de doses por dia. Todo o processo que foi desenhado para o envio dessas doses, o desembaraço aduaneiro ainda nas nuvens implantado pela Receita Federal do Aeroporto de Viracopos, a entrega e distribuição pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) de forma célere, vai ser fundamental a partir de agora”, explica Lucila Mouro, diretora de vacinas da Pfizer Brasil.
Entre o final de agosto e setembro há a previsão da chegada de quase 52,4 milhões de doses – que fazem parte do primeiro acordo firmado no dia 19 de março e que contempla a disponibilização de 100 milhões de vacinas até o final do terceiro trimestre deste ano. O segundo contrato, assinado em 14 de maio, prevê a entrega de outras 100 milhões de doses entre outubro e dezembro. Ao longo do ano, a Pfizer e BioNTech irão fornecer um total de 200 milhões de doses de vacina ao Brasil para apoiar o combate à pandemia.

As doses do imunizante que estão chegando ao Brasil são produzidas em duas fábricas nos Estados Unidos, Kalamazoo e McPherson, além de uma fábrica na Europa, Purrs na Bélgica. As vacinas são despachadas de avião até o Aeroporto Internacional de Miami, nos Estados Unidos, para então seguir viagem rumo ao Brasil.
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Os imunizantes são descarregados do avião entre 30 minutos e 1 hora, dependendo da quantidade, e enviados para o centro de distribuição do Ministério da Saúde, em Guarulhos. De lá, as vacinas seguem para os mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo país.
Plano logístico
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A Pfizer desenvolveu um plano logístico detalhado, bem como ferramentas para apoiar o transporte eficaz, o armazenamento e o monitoramento contínuo da temperatura da vacina contra a covid-19.

Além de toda a estrutura de câmaras frias e ultra freezers instalados nas fábricas, para possibilitar o transporte aos diferentes países, a empresa desenvolveu uma embalagem especial capaz de armazenar a vacina congelada, com uso de gelo seco, que a mantém na temperatura de -60 a -90 graus.
Nessa embalagem, os frascos podem ser mantidos por até 30 dias, desde que haja troca do gelo seco a cada 5 dias. A temperatura da vacina é constantemente monitorada por um "datalogger", um dispositivo que monitora a temperatura interna da caixa e é acompanhado, via satélite, em tempo real.
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As doses somente são distribuídas para os pontos de vacinação se os relatórios emitidos após a entrega demonstrarem que não houve qualquer excursão de temperatura que inviabilize o uso da vacina durante todo o trajeto.