De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 500 mil grávidas e puérperas com comorbidades já foram vacinadas contra a covid-19 no paísReprodução

São Paulo - Um estudo recente feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) apontou que lactantes que receberam a Coronavac, vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, apresentaram anticorpos contra covid-19 no leite materno, capazes de proteger também os bebês, até quatro meses após a vacinação.

A pesquisa foi realizada com 20 funcionárias que foram imunizadas entre janeiro e fevereiro deste ano. Para a realização da pesquisa, foram recolhidas nove amostras de leite no total.
A pesquisa mostrou que os níveis de anticorpos do leite materno ainda estavam altos quatro meses após a vacinação das mulheres. Os auges da produção de anticorpos se deram na segunda semana após a primeira dose e na quinta e na sexta semana após a segunda dose da vacina.

A imunização das lactantes e gestantes oferece proteção de duas formas: aos bebês ainda não nascidos, por meio da placenta, com anticorpos IGG, e por meio do leite materno, aos recém-nascidos, com anticorpos IGA.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 500 mil grávidas e puérperas com comorbidades já foram vacinadas contra a covid-19 no país. As gestantes se tornaram público prioritário da campanha de vacinação porque a taxa de letalidade da covid-19 entre elas é muito maior que a média (10% para grávidas contra 2% da população em geral).
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Apenas duas vacinas são recomendadas para as gestantes, sendo uma delas a Coronavac, por ter grande eficácia e um alto perfil de segurança.