Ministra Cármen LúciaAgência Brasil

Na tarde desta quinta-feira, 19, a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia deu um prazo de 24 horas à CPI da Covid para que os senadores esclareçam as quebras de sigilo do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) .

Hoje, o deputado pediu a suspensão da quebra de sigilo telefônico, fiscal, bancário e telemático ao STF — dados solicitados pela Comissão.
"Determino sejam requisitadas informações à autoridade indigitada coatora [a CPI da Covid], em especial sobre a quebra do sigilo fiscal a alcançar período anterior ao pandêmico (2016 até a presente data), para prestá-las no prazo máximo de 24 horas", escreveu Cármen Lúcia.
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Nessa quarta-feira, 18, o relator Renan Calheiros (MDB-AL), disse que Barros (PP-PR) passou à condição formal de investigado . A comissão apura a participação dele na negociação de vacinas no Ministério da Saúde, em especial nas tratativas com a Precisa , a empresa que representava no Brasil a vacina Covaxin.
A abertura dos dados de Barros foi aprovada nesta quinta pela CPI, além da quebra de sigilo de influenciadores e blogueiros bolsonaristas .

A defesa do deputado recorreu da ação ontem, já sabendo que o pedido estaria pautado para a oitiva de hoje. A relatora do processo no Supremo será a ministra Cármen Lúcia.
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Os advogados alegam que a decisão da Comissão foi tomada com base em "ilações já rechaçadas pelos depoimentos colhidos na própria Comissão e na Polícia Federal". Além disso, a defesa também pede que haja "destruição geral e irrestrita" de todos os dados sigilosos de Barros que a CPI já tece acesso.