Caminhoneiro conhecido como 'Zé trovão' também está sendo investigado por ataques à democraciaReprodução

Brasília - Além do cantor Sérgio Reis e do deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), outros oito homens são alvo do inquérito de investigação assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. São eles: o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como 'Zé Trovão', o cantor Eduardo Oliveira Araújo, os empresários Turíbio Torres e Alexandre Urbano Raitz Petersen e o presidente da Aprosoja Antonio Galvan. 
Além destes, Wellington Macedo de Souza, Juliano da Silva Martins e Bruno Henrique Semczeszm também estão na lista de investigados. Fora os mandados de busca e apreensão contra Sérgio Reis e Otoni de Paula, Moraes também determinou que os citados no inquérito, com exceção do deputado, devem se manter um raio de quilômetro afastados da Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal.  
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Como argumento, o ministro escreveu que a medida é "para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, Senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações". Também por determinação de Moraes, os investigados terão todas as redes sociais bloqueadas. 
"Como fartamente demonstrado no requerimento da PGR, os investigados pretendem utilizar-se abusivamente dos direitos de reunião, greve e liberdade de expressão, para atentar contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, ignorando a exigência constitucional das reuniões serem lícitas e pacíficas; inclusive atuando com ameaça de agressões físicas", relatou o magistrado. 
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O inquérito foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após os homens terem "convocado a população, através de redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7 de setembro, durante uma suposta manifestação e greve de 'caminhoneiros'".
A operação
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No Rio, agentes da Polícia Federal estiveram nos bairros do Anil e da Barra da Tijuca, Zona Oeste. Moraes autorizou, ao todo, 13 mandados. Além de Rio e Brasília, a PF também está em Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso, Ceará e Paraná.
"O objetivo das medidas é apurar o eventual cometimento do crime de incitar a população, através das redes sociais, a praticar atos violentos e ameaçadores contra a Democracia, o Estado de Direito e suas Instituições, bem como contra os membros dos Poderes", explicou a corporação.