Cantor Sérgio ReisDivulgação

Rio - Após ser alvo de uma operação da Polícia Federal por incitar atos violentos e ameaçadores contra a democracia, o cantor Sérgio Reis disse estar arrependido e afirmou que quer pedir desculpas 'até ao Supremo'. Junto com o deputado federal Otoni de Paula (PSC-RJ), o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes, mais conhecido como 'Zé Trovão', o cantor Eduardo Oliveira Araújo e outros seis homens, Sérgio Reis é alvo de um inquérito assinado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em entrevista à Record, o músico alegou que não esperava tamanha repercussão do caso. "Eu sou uma pessoa que só pensa bem dos outros. E agora estão querendo acabar comigo como se eu fosse bandido. Eu não sou bandido", declarou. Neste domingo, Sérgio Reis estará no programa Domingo Legal para se pronunciar sobre o assunto.
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O cantor confessou que "falou bobagem" e acrescentou: "Hoje em dia, ninguém mais está sigiloso. Você fala qualquer coisa, já sai na internet, já sai pra lá e vaza, vai pra grupos e tudo mais". 
Fora os mandados de busca e apreensão contra Sérgio Reis e Otoni de Paula, Moraes também determinou que os citados no inquérito, com exceção do deputado, devem se manter um raio de quilômetro afastados da Praça dos Três Poderes, no Distrito Federal.
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Como argumento, o ministro escreveu que a medida é "para evitar a prática de infrações penais e preservação da integridade física e psicológica dos Ministros, Senadores, servidores ali lotados, bem como do público em geral que diariamente frequenta e transita nas imediações". Também por determinação de Moraes, os investigados tiveram todas as redes sociais bloqueadas.
O inquérito foi solicitado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) após os homens terem "convocado a população, através de redes sociais, a praticar atos criminosos e violentos de protesto às vésperas do feriado de 7 de setembro, durante uma suposta manifestação e greve de 'caminhoneiros'".