Jair Bolsonaro (sem partido)Marcos Correa/PR

O presidente Jair Bolsonaro enviou, nesta quinta-feira, 9, um avião para buscar o ex-presidente da República Michel Temer (MDB),  para um almoço em Brasília. Segundo informações da TV Globo, o encontro, que não constava na agenda oficial de Bolsonaro, durou cerca de quatro horas. 
Temer e Bolsonaro trataram de assuntos como a crise institucional entre os poderes e também a paralisação dos caminhoneiros. Na conversa, no Palácio do Planalto, foi discutido os ataques do presidente ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e por sugestão do ex-presidente, Bolsonaro fez o manifesto pela pacificação do país.
No fim de agosto, Temer falou sobre o receio de que as Forças Armadas "embarcassem em uma nova aventura autoritária". Ainda de acordo com o emedebista, apesar da tensão, ele acredita que não há riscos para a democracia brasileira.
Após as declarações polêmicas no 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou atrás e informou que "não teve a intenção de agredir os Poderes". Através de um texto intitulado "Declaração à Nação", que foi divulgado pelo Palácio do Planalto nesta quinta-feira, Bolsonaro se "desculpou" e afirmou que as declarações foram feitas no calor do momento.
"Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar... Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum", afirmou o presidente.
A divulgação da nota deixou aliados da base governista desorientados. Em grupos de apoio ao presidente, nas redes sociais, diversos apoiadores se disseram decepcionados e frustrados.