O ministro da Saúde Marcelo QueirogaVAlter Campanato/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta segunda-feira, 13, que a campanha de vacinação contra a covid-19 no Brasil "já é um sucesso", e que a culpa pela falta de vacinas é dos Estados que, segundo ele, não cumpriram as orientações do PNI.
Queiroga disse ainda que a reclamação por falta de vacinas é somente uma "narrativa", ou seja, histórias que podem, ou não, corresponder com a realidade.
Segundo o ministro, os Estados não respeitaram as orientações do PNI, e aceleraram a antecipação dos intervalos entre as doses, além de anteciparem, também, a vacinação entre os adolescentes.
"Por conta disso (desrespeito ao PNI) que surgem essas narrativas que falta dose. Na realidade, muitos já avançaram além, e se avançaram é porque tinha doses... Por que em uma comunidade ribeirinha tem vacina e no principal estado do país não tem? É porque lá no Amazonas estão seguindo as orientações do Programa Nacional de imunização. Você pode ver: quem reclama? Quem são os reclamadores crônicos? E aí vc verifica as publicidades que fizeram. Não foi o Ministério da Saúde que fez a publicidade (do avanço na vacinação)", disse Queiroga.", afirmou Queiroga.
Apesar das criticas à redução do intervalo, e da dificuldade em se encontrar vacinas de AstraZeneca em todo o País, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que o intervalo entre doses do imunizante será diminuído de 12 para 8 semanas a partir do próximo dia 15.

A redução do intervalo da Pfizer a partir de setembro já havia sido anunciado por Queiroga no mês passado. Já a Coronavac tem intervalo menor, de 28 dias, e a da Janssen é de dose única.

Apesar das mudanças nos intervalos, os critérios adotados ainda diferem das recomendações das fabricantes. A Pfizer recomenda intervalo de 21 dias entre as doses e a AstraZeneca, de 12 semanas, como acontece hoje.