Ministro da CGU, Wagner de Campos Rosário, depõe na CPI da Covid nesta terça-feira, 21Roque de Sá/Agência Senado
Segundo o depoente, o começo das investigações que trouxeram à tona o nome de Marconny Albernaz de Faria, suspeito de atuar como lobista da Precisa Medicamentos, tem base em denúncia recebida em 2019 na CGU.
O órgão, junto com o Ministério Público e a Polícia Federal, começou a investigar o favorecimento de empresas no âmbito de licitações do Instituto Evandro Chagas, no Pará. No ano seguinte, em fevereiro, foi deflagrada a Operação Parasita na qual descobriu-se que Marconny teria recebido recursos de empresas investigadas. Foi deflagrada então a segunda fase: Operação Hospedeiro. Nesta fase, foi detectado o envolvimento de Marconny em tentativa irregular de negociação de 12 milhões de testes rápidos de covid-19.
Foi só no final de junho de 2021 que a CGU tomou conhecimento, segundo Rosário, por meio da imprensa, do envolvimento da Precisa em atividades suspeitas envolvendo o Ministério da Saúde. A CGU solicitou, então, o compartilhamento de informações, que recebeu autorização em 8 de julho, após decisão judicial.
Diante de tantas informações, o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pediu para que Wagner Rosário detalhasse a linha do tempo do compartilhamento de informações da Precisa, após a suspeita de irregularidades. O senador Marcos Rogério (DEM-RO), no entanto, interferiu na fala, criticando a interrupção dos 15 minutos iniciais dados ao depoente, resultando em uma discussão. Veja:
Senador Marcos Rogério e senador Randolfe discutem durante comissão.
— Jornal O Dia (@jornalodia) September 21, 2021
Assista:
Créditos: Reprodução/TV Senado#ODia #CPIdaCovid pic.twitter.com/vQXlsh7U5E
O presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM) chegou a fazer referência às imagens de Bolsonaro e sua comitiva comendo uma pizza em calçada de Nova York. Segundo ele, os trabalhos da CPI, diferente da viagem de Bolsonaro, não acabarão em pizza.
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