Presidente da CPI da Covid, Senador Omar AzizJefferson Rudy/Agência Senado

Brasília - Depois de passar do prazo estipulado pelo relator Renan Calheiros (MDB-AL), o relatório final da CPI da Covid deve ser apresentado no dia 19 de outubro, conforme anunciou o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), nesta quinta-feira, 30. Apesar do adiamento, Calheiros afirmou que o documento já está "praticamente pronto". Na sessão desta quinta, acontecerá a oitiva do empresário Otávio Fakhoury, acusado de financiar a disseminação de notícias falsas. 
Durante o início da sessão, Aziz afirmou que Calheiros deve apresentar o relatório no dia 19 de outubro e a votação entre os senadores deve acontecer logo em seguida, no dia 20. Ele disse, ainda, que esse prazo só será adiado "se houver um fato muito grave e relevante, de um ponto de vista novo, nós assim abriríamos exceção para ouvir". Assista:
O presidente da CPI também informou qual será a programação da comissão para os próximos dias. A previsão é os senadores ouçam Carlos Alberto Sá, executivo e proprietário da VTCLog, na terça-feira, 5. De acordo com relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a empresa movimentou de forma suspeita R$ 117 milhões nos últimos dois anos.

Já na quarta-feira, 6, Aziz sugeriu que a CPI ouça um dos médicos que trabalhava na Prevent Senior. Na quinta-feira, 7, deve prestar depoimento um representante da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANSS).

Depoimento de Otávio Fakhoury
O depoente desta quinta-feira é o empresário Otávio Fakhoury. Ele também é vice-presidente do Instituto Força Brasil, que aparece nas investigações da CPI como intermediário entre a empresa Davati Medical Supply e o Ministério da Saúde. A maior parte das informações que a CPI possui com relação a Fakhoury, no entanto, se referem ao financiamento e à disseminação de fake news.

Em entrevista antes da oitiva, o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), reforçou a importância do depoimento de Fakhoury e lamentou o fato do empresário ter recorrido à um habeas corpus para ficar em silêncio. Randolfe considera que o empresário é o principal financiador e disseminador de fake news que levaram ao agravamento da pandemia, contrárias, por exemplo, ao uso da máscara e à vacinação, e favoráveis a um "tratamento precoce" sem eficácia. Assista:


"A tropa de choque não está aqui para defendê-lo, disse Omar ao depoente.
Acompanhe a sessão ao vivo: