Polícia investiga se PCC está por trás da chacina ocorrida na fronteira entre Brasil e Paraguai Divulgação
Polícia investiga se PCC está por trás da chacina ocorrida na fronteira entre Brasil e Paraguai
De acordo com a corporação, alvo da chacina era Osmar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, que usava o codinome 'Bebeto', e teria fornecido informações a polícia paraguaia
Campo Grande - Primeiro Comando da Capital (PCC) pode estar envolvido na chacina que resultou na morte de três mulheres e um homem em Pedro Juan Caballero, no último sábado (09). Na tarde do dia anterior, na fronteira brasileira em Ponta Porã-MS, o vereador Farid Charbell Badaoui Afif, de 37 anos, também foi morto a tiros. Entre as vítimas encontram-se duas estudantes brasileiras de medicina. As informações são do jornalista Josmar Jozino.
Todas as mortes ocorreram em um intervalo de 24 horas e as autoridades - brasileiras e paraguaias - investigam a possibilidade dos assassinatos estarem relacionados.
Segundo apurações do serviço de inteligência do Paraguai, o alvo dos tiros realizados na chacina de ontem era Osmar Vicente Álvarez Grance, de 32 anos, que usava o codinome 'Bebeto'. O Primeiro Comando o acusou de fornecer informações a polícia paraguaia para prender o 'Bebezão' - Weslley Neres dos Santos - em março deste ano.
'Bebezão' havia assumido o posto de Giovanni Barbosa da Silva, de 30 anos de idade, conhecido como 'Koringa', do comando do PCC no Paraguai, bem como a coordenação do tráfico de drogas e armas na fronteira entre os países.
De acordo com a polícia paraguaia, foram efetuados mais de 100 disparos de fuzil. Osmar Grance, motorista do veículo, foi atingido por 31 projéteis; Kaline Reinoso de Oliveira, levou 14 disparos; Rhamye Jamilly Borges de Oliveira foi acertada com 10 tiros; e Haylee Carolina Acevedo Yunis foi atingida com seis disparos.
A fronteira entre Brasil e Paraguai vive dias tensos nos últimos meses, principalmente após o PCC montar um quartel-general com 174 homens entre as cidades de Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, segundo a Polícia Federal brasileira.