Mulher é beijada à força no Mineirão e denuncia descaso do estádio
Jovem de 25 anos relatou que não teve apoio dos seguranças após ter sido assediada durante o jogo entre Atlético-MG e Corinthians, na noite desta quarta-feira
Débora Cotta foi beijada à força dentro do estádio Mineirão - Reprodução/Twitter
Débora Cotta foi beijada à força dentro do estádio MineirãoReprodução/Twitter
Uma mulher de 25 anos disse que foi beijada à força durante o jogo entre Atlético-MG e Corinthians no Mineirão, em Belo Horizonte (MG), na noite desta quarta-feira, 10. A jovem Débora Cotta, que relatou o assédio em uma publicação no Twitter, comentou que apenas uma mulher a ajudou enquanto gritava após ter sido agarrada por um homem. A torcedora do Galo denunciou que não teve apoio dos seguranças do estádio.
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Na postagem, ela contou que foi buscar uma cerveja no começo do segundo tempo, quando um homem se aproximou, a agarrou e deu um beijo em sua boca à força. "Logo ele saiu correndo, eu fui atrás e, na hora da raiva, eu o bati com chutes e socos. E pasmem, enquanto eu gritava que ele tinha acabado de me agarrar, a única pessoa que me ajudou foi uma moça, que me abraçou e me levou até os guardas", escreveu.
Estou vindo aqui contar pra vocês a péssima experiência que eu tive hoje no bar do @Mineirao, no começo do segundo tempo eu fui buscar cerveja quando um homem veio até mim, me agarrou e me deu um beijo na boca a força. Logo ele saiu correndo, eu fui atrás, e na hora da raiva eu+
A vítima disse que pediu ajuda aos guardas do Mineirão, mas eles agiram com descaso, segundo ela. "Solicitei ajuda dos guardas do Mineirão e a resposta que eles me deram foi: você tem testemunha? Onde está o cara? Falei pra eles que ele tinha corrido e que eu precisava que eles fizessem algo. A resposta foi: procura a polícia. Essa foi a assistência que o Mineirão me deu. Descaso total. Algum tempo depois, eu chorando, desesperada, veio um guarda até mim e me levou até a polícia".
Em seguida, Débora afirmou que realizou um Boletim de Ocorrência (BO). De acordo com ela, a polícia conseguiu recuperar as imagens do assédio por meio de câmeras de segurança do estádio. E acrescentou: "O mesmo policial que me atendeu, foi o mesmo que atendeu o caso de assédio da semana passada, no jogo do Galo e Grêmio, onde o Mineirão teve o mesmo descaso com a moça assediada". No último dia 3, uma mulher relatou que um homem passou a mão em seu corpo.
A vítima comentou também que nunca havia passado por uma situação como esta. Ela disse que se sente pior devido à negligência do estádio. "Não desejo isso pra ninguém. Estou com um sentimento que não sei explicar. E o descaso do Mineirão com essa situação, me deixou pior", finalizou Débora.
Procurado por O DIA, o Mineirão e a Polícia Civil não responderam até a última atualização desta reportagem.
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