O ministro da Saúde Marcelo QueirogaVAlter Campanato/Agência Brasil
Após novo ataque hacker, normalização do sistema do Ministério da Saúde deve ser adiada, diz Queiroga
Plataforma foi alvo de uma nova tentativa de invasão na madrugada desta segunda-feira
Brasília - A normalização do sistema do ministério da Saúde, que estava prevista para esta terça-feira, 14, deve ser adiada, conforme informou o chefe da pasta, Marcelo Queiroga. Isso porque, a plataforma sofreu mais um ataque hacker na madrugada desta segunda-feira, 13. Na ocasião, funcionários da pasta ficaram sem acesso ao e-mail corporativo, a rede de telefonia e a intranet.
"São duas coisas diferentes. Aquele primeiro ataque não foi um ataque ao Ministério da Saúde, aquilo foi a nível da Embratel, né? E felizmente, os dados não foram comprometidos. Em relação a esse [segundo ataque], foi algo de menor monta e estamos trabalhando para recuperar isso o mais rápido possível", informou o ministro.
Queiroga reforçou, ainda, que a invasão não foi bem sucedida e que apenas tumultuou e atrapalhou o reestabelecimento das informações. "Nós estamos trabalhando fortemente para reestabelecer todas as funcionalidades do ConecteSUS para que os brasileiros possam acessar livremente todas as informações", acrescentou.
Na ocasião, os servidores foram surpreendidos com o bloqueio do sistema e não conseguiram acessar sequer os usuários dos computadores para atualizar informações sobre a pandemia da covid-19, atender a demanda dos estados e avaliar informações de saúde em geral.
A suspeita da pasta é que o sistema foi alvo de um ataque de ransomware, quando os criminosos roubam dados do órgão e pedem uma propina para normalizar o acesso. Para evitar o sequestro das informações, o acesso por parte dos servidores pode ter sido interrompido por equipes de segurança da informação.
Na última sexta-feira, 10, o site do Ministério da Saúde e a plataforma ConecteSUS já tinham sofrido um ataque hacker. Os invasores — denominados de 'LAPSUS$ GROUP' deixaram uma mensagem para quem tentava acessar os endereços que dizia: "Nos contate caso queiram o retorno dos dados". A primeira invasão tirou do ar informações sobre a vacinação contra a covid-19 de usuários que acessam a plataforma Conecte SUS. A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar o caso.
Em nota, o Ministério do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) afirmou que "no dia 10 de dezembro do corrente ano ocorreram ataques cibernéticos contra órgãos do governo em ambiente de nuvem. Os provedores dos serviços de nuvem estão cooperando com a administração pública federal no tratamento do incidente".
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