Preso durante o inquérito que investigou atos antidemocráticos contra o STF, Eustáquio mira o ciclo eleitoral de 2022Reprodução

Curitiba - O jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio foi condenado, nesta quinta-feira, pelo Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) a pagar R$ 10 mil ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) pelo crime de calúnia e difamação. Em 2020, o blogueiro publicou um conteúdo no qual afirmou que integrantes do partido agiram em conluio com Adélio Bispo no atentado contra o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, que sofreu uma facada em 2018, em Juiz de Fora.
Na decisão, o juiz Telmo Zaions Zainko avaliou que Oswaldo Eustáquio distorceu um depoimento prestado à Polícia Federal, incluindo declarações que não foram ditas. "Deste modo, entendo por maliciosa a publicação, restando demonstrado o animus difamandi na conduta, na medida em m que o querelado [Eustáquio] tinha a intenção de macular a dignidade do querelante [PSOL] indicando sua vinculação ao atentado praticado contra o presidente Jair Bolsonaro", disse o magistrado 13º Juizado Especial Criminal de Curitiba, em trecho da decisão.
Eustáquio, que chegou a ficar cerca de um mês preso em 2021, em meio ao inquérito que investiga atos antidemocráticos contra o Supremo Tribunal Federal, mira o ciclo eleitoral de 2022, possivelmente como candidato a deputado federal por São Paulo.