Bolsonaro desembarca em Moscou para encontro com Putin Divulgação/Palácio do Planalto
Bolsonaro desembarca em Moscou para reunião com Vladimir Putin
Chefe do Executivo estava de máscara e testado para Covid
Moscou - O presidente Jair Bolsonaro desembarcou em Moscou, na Rússia, nesta terça-feira (15) por volta de 10h no horário de Brasília e 16h no horário local. O chefe do Executivo desceu do avião usando uma máscara para prevenção contra a Covid, medida que ele não tem adotado em eventos no Brasil, além de estar testado para a Covid-19. As exigências foram feitas pelo governo russo que também estipulou que Bolsonaro fique isolado em um hotel até o encontro com Putin, previsto para esta quarta (16).
O encontro entre Bolsonaro e Putin contará apenas com a presença de intérpretes. Os dois devem fazer uma declaração conjunta após a conversa, e seguir para um almoço. Os políticos devem se encontrar entre 13h e 15h, horário local, e será no Kremlin, sede do governo russo, situado na Praça Vermelha, um dos principais pontos turísticos de Moscou.
Em seguida, o presidente brasileiro irá participar de encontro com empresários russos. Entre os principais assuntos a serem tratados na viagem, está a compra de fertilizantes russos por parte do Brasil. Segundo Bolsonaro, a viagem deve tratar de temas como energia, defesa e agricultura. Também devem ser discutidas as relações político-econômicas e comerciais entre as duas nações, que são integrantes do Brics, grupo de países que reúne China, África do Sul e Índia.
A viagem de Bolsonaro à Rússia acontece em meio à pior crise militar mundial desde o fim da Guerra Fria. Segundo Roberto Abdenur, ex-embaixador do Brasil nos EUA e conselheiro do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), mesmo que Bolsonaro não declare uma posição sobre a crise na Ucrânia, a sua presença em Moscou neste momento sinaliza simpatia às posições russas.
Depois de Moscou, Bolsonaro segue para Budapeste, capital da Hungria, onde deve se reunir com o primeiro-ministro Viktor Orbán, que é considerado um dos últimos líderes da extrema-direita ainda no poder e tem orgulho de se definir um "iliberal". Em abril o país passará por eleições, em que Orbán corre sérios riscos de perder para uma "frente ampla" montada contra ele.
*Com informações da Agência Brasil e do Estadão Conteúdo
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