Soldados das Forças Armadas da Ucrânia em concentração próximo à fronteira com a RússiaAFP

O governo brasileiro se posicionou nesta terça-feira, 22, por meio de um comunicado direcionado a imprensa, a favor da resolução do conflito entre Rússia Ucrânia por meios diplomáticos. A nota apela a todas as partes envolvidas para que evitem uma escalada de violência e que estabeleçam, no mais breve prazo, canais de diálogo capazes de encaminhar de forma pacífica a situação no terreno.
O Embaixador Ronaldo Costa Filho falou durante o Debate do Conselho de Segurança da Nações Unidas sobre a Questão da Ucrânia. Segundo ele, a situação vem se agravando diariamente, tornando a compreensão de suas palavras ainda mais importante. Costa Filho ressaltou também que o Brasil reafirma sua posição favorável a resolução da questão da maneira mais pacífica possível.

"Quando esta Organização foi criada, em 1945, confiou ao Conselho de Segurança a responsabilidade primária pela manutenção da paz e segurança internacionais. A tensão dentro e ao redor da Ucrânia está-se agravando diariamente – na verdade, a cada hora –, tornando esta citação habitual da Carta de extraordinária importância e relevância", disse.

"Todos sabemos como a situação tornou-se crítica. O Brasil vem acompanhando os últimos acontecimentos com extrema preocupação. Nas atuais circunstâncias, nós, neste Conselho, em representação da comunidade internacional, devemos reiterar os apelos à imediata desescalada e nosso firme compromisso de apoiar os esforços políticos e diplomáticos para criar as condições para uma solução pacífica para esta crise", completou.

A tensão entre ucranianos e russos não vem de hoje, e desde 2014 o conflito da fronteira entre Rússia e Ucrânia já deixou mais de 10 mil mortos. 
Os Estados Unidos afirmam que há uma ameaça "iminente" de Moscou a Kiev e enviaram mais de 8 mil soldados para a Europa Oriental.

Por sua vez, o governo russo, comandado por Vladimir Putin, negou a possibilidade de que haja ataque e acusa os EUA de tentarem "se meter" em uma possível guerra.

A fronteira entre as duas nações, no entanto, já acumula mais de 100 mil soldados russos, o que vem causando tensão ao redor do mundo. Recentemente Putin retirou uma parte de seus soldados da fronteira.