PF investiga desvios na Saúde e Educação; Justiça bloqueia R$ 110 miDivulgação
PF investiga desvios na Saúde e Educação; Justiça bloqueia R$ 110 mi
Operação cumpriu 55 ordens de busca e apreensão nos municípios de Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo, Campos do Jordão (SP) e Brazópolis (MG)
São Paulo - A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (29), uma ofensiva para aprofundar investigações sobre supostas fraudes nas contratações feitas pela Prefeitura de Guarujá, no litoral paulista, nas áreas da Saúde e da Educação. De acordo com a corporação, a Justiça Federal bloqueou mais de R$ 110 milhões de investigados e ainda ordenou o afastamento de ocupantes de cargos comissionados e eletivos de suas funções.
A operação cumpriu 55 ordens de busca e apreensão nos municípios de Guarujá, Santos, São Vicente, São Bernardo do Campo, Carapicuíba, São Paulo, Campos do Jordão (SP) e Brazópolis(MG). Participaram da ofensiva, uma ação integrada com a Controladoria-Geral da União e o Tribunal de Contas da União, 225 policiais federais e três auditores da CGU.
Entre os endereços vasculhados pelos agentes estão os paços municipais Moacir dos Santos Filho e Raphael Vitiello.
De acordo com a PF, as diligências integram a segunda fase da Operação Nacar e miram supostos crimes de corrupção e desvios de verbas federais. A primeira etapa ostensiva da investigação foi aberta em 15 de setembro do ano passado. Na ocasião, a PF prendeu o prefeito de Guarujá (SP), Válter Suman (PSDB) e o secretário municipal de Educação, Marcelo Nicolau. Os agentes também apreenderam R$ 2 milhões em quatro dos 25 endereços vasculhados à época. Três dias após a deflagração da ofensiva, Suman e Nicolau foram soltos por ordem da Justiça Federal.
Como mostrou o blog, a investigação teve como ponto de partida uma denúncia anônima e um relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que apontou movimentações financeiras suspeitas envolvendo a organização social Pró Vida, contratada pelo município no litoral paulista para administrar unidades públicas de saúde. A PF vê indícios de crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, o nome da ofensiva, Nacar, faz referência à 'substância liberada pela ostra para se proteger e conter o corpo estranho, formando assim a pérola'. "O nome da operação é uma alusão ao processo de contenção de ações criminosas no município do Guarujá, conhecido como Pérola do Atlântico", explicou a corporação.
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