Protesto em Porto de Galinhas chega no terceiro dia seguidoReprodução

Pelo terceiro dia consecutivo, a praia de Porto de Galinhas, um dos principais destinos turísticos de Pernambuco, amanheceu com o comércio fechado e moradores e turistas assustados em meio a um clima de tensão.
Os protestos da população tem se intensificado desde a última quarta-feira, 30, quando foi registrada a morte da menina Heloysa Gabrielly, de 6 anos, ferida a bala durante ação policial na comunidade de Salinas. Ações violentas de supostos grupos de traficantes também têm sido registradas nos últimos dias.
A Polícia Militar diz que os disparos que atingiram a criança aconteceram durante troca de tiros entre os policiais e traficantes. A comunidade nega a versão e acusa os militares de chegarem ao local atirando.
Na noite desta quinta-feira, 31, homens armados atearam fogo em um ônibus vazio, bloqueando a principal via de acesso ao balneário. O governo do Estado enviou cerca de 250 homens das polícias Militar e Civil para reforçar a segurança no litoral sul.
De acordo com declarações de comerciantes, funcionários de hotéis e moradores, grupos de traficantes teriam enviado alertas para toda a comunidade determinando o fechamento de todo o comércio e serviços locais até ao menos este sábado, 2.
A prefeitura de Ipojuca e o governo do Estado não confirmam a informação. Profissionais que atuam na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da localidade confirmaram que na noite desta quinta-feira o atendimento chegou a ser suspenso por mais de quatro horas por conta do clima de insegurança.
Nos hotéis, pousadas e resorts da região, muitos turistas tentam antecipar o fim das reservas e a saída do local, mas têm enfrentado problemas porque os serviços de transfer estão operando com restrições.