Jair Bolsonaro (PL)Isac Nobrega

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a se posicionar contra o Projeto de Lei das Fake News no Congresso e acusou ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de querer censurar as mídias sociais no país.
As críticas foram feitas durante transmissão ao vivo nas redes sociais. Nos últimos meses, Bolsonaro vem direcionando ataques aos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes, que revezam a presidência da Justiça Eleitoral neste ano, período de eleições.
O chefe do Executivo revelou que está procurando deputados que votaram a favor da urgência do projeto da Câmara e tentando convencer para que os parlamentares votem "não" se o requerimento voltar ao plenário. Uma delas é a deputada Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro.
No último dia 6, a Câmara rejeitou um requerimento para que o projeto de lei tramitasse em regime de urgência e fosse levado diretamente ao plenário. Foram 249 votos a favor, mas eram necessários 257.
"São três ministros do STF, os mesmos que estão no TSE, têm interesse em censurar as mídias sociais. Não deviam estar se metendo nisso", disse Bolsonaro. "Juiz que quer fazer lei, peça demissão, se candidate e vá fazer lei na Câmara."
De acordo com o presidente, o projeto "vai ser um desastre para a informação" no Brasil. Nesta semana, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o requerimento de urgência poderá voltar ao plenário, mas defendeu uma discussão mais aprofundada sem a contaminação do que chamou de "versões" sobre o projeto.