Senador Renan CalheirosDivulgação

Personalidades políticas reagiram em suas redes sociais, nesta sexta-feira, 22, ao perdão de pena dado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) na quinta-feira, 21, ao deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). Parlamentar havia sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na última quarta-feira, 20, por dez votos a favor e um contra.
O candidato a presidencia, Ciro Gomes (PDT), chamou de "absurdo" e "imoral" o favorecimento de Bolsonaro ao deputado.
"Seu ato espúrio de favorecimento absurdo e imoral a Daniel Silveira, ou qualquer outro tipo de desvio autoritário, serão rechaçados pelos defensores do estado de direito. Amanhã o PDT entrará com medida no STF para anular mais este desatino", publicou Ciro em seu Twitter. 
João Doria (PSDB), ex-governador de São Paulo que também está na disputa presidencial, disse em sua rede social que se eleito, não haverá mais indulto a "condenados pela justiça".
"Eleito presidente, não haverá indulto a condenados pela justiça. Também vou acabar com a 'saidinha de presos'. A sociedade não aguenta mais a impunidade", disse em seu Twitter.
Simone tebet (MDB) chamou a ação do presidente de "inconstitucional". "Dar graça, por decreto, a um condenado pelo STF por atentado à democracia, é desvio de finalidade e um ato inconstitucional. O PR violou, ele próprio, a Constituição. Um golpe contra a democracia. Crime de responsabilidade", postou no Twitter.
André Janones (Avante) questionou se Bolsonaro pediria outra vez a ajuda de Temer, e chamou o presidente "arregão".
"Quantos dias pro arregão pedir ao Temer pra redigir uma cartinha de desculpa?", disse em sua rede social.
Até o momento o ex-presidente Lula (PT) não se manifestou sobre o ocorrido. Porém, o Reginaldo Lopes, líder do PT na Câmara dos Deputados disse que Bolsonaro "cometeu um crime para proteger um criminoso".
"Ao conceder indulto para Daniel Silveira, Bolsonaro comete um crime para proteger um criminoso. Afronta o STF num abuso de autoridade. O PT pode entrar com uma Ação de Descumprimento de Preceito Constitucional, já que o presidente cometeu um crime de responsabilidade", postou no Twitter.
Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, confirmou que pretende entrar com uma ação para questionar o "perdão presidencial" concedido a Silveira.
"Daniel Silveira foi condenado por tentar impedir o livre funcionamento dos Poderes. O que o Presidente da República faz? Usa um dos Poderes para perdoar o criminoso. A missão de Bolsonaro e do Bolsonarismo é esculhambar a Constituição. Não Permitiremos", publicou em sua rede social.
Para o senador Renan Calheiros (MDB), o decreto é "ilegal, imoral e inconstitucional".
"É óbvio que o decreto ilegal, imoral e inconstitucional é político. Derrotar o fascismo implica em 2 frentes: jurídica e política. Além da Reclamação apresentei projeto de Decreto Legislativo sustando o insulto presidencial. O Senado não pode faltar à Democracia", postou no Twitter.