Ex-ministro da Educação, Milton RibeiroFabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Políticos usaram as redes sociais nesta terça-feira, 26, para criticar o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, que disparou acidentalmente uma arma de fogo no Aeroporto Internacional de Brasília, e ligar o incidente à gestão do presidente Jair Bolsonaro.
"Milton Ribeiro é ex-ministro da Educação e pastor. Anda armado. Sua arma disparou acidentalmente num aeroporto e feriu uma funcionária da companhia aérea. Poderia, inclusive, ter matado alguém. Esta situação absurda, irresponsável e perigosa representa muito bem este desgoverno", disse o deputado federal Odair Cunha (PT-MG), em publicação no Twitter.
"O incidente com arma de fogo envolvendo o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, é uma síntese perfeita de tudo de mais cruel que envolve o trágico governo Bolsonaro", escreveu o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT).
Para o pré-candidato do PSB ao governo do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSB), o incidente reflete a política armamentista do governo. "O acidente com arma de fogo envolvendo o ex-ministro Milton Ribeiro é o retrato da irresponsabilidade da política armamentista de Jair Bolsonaro. Pessoas sem preparo adequado estão se armando e colocando a vida de inocentes em risco", afirmou.
O ex-ministro da Educação e pré-candidato ao governo paulista Abraham Weintraub (Brasil 35) também ironizou seu substituto no comando da pasta e citou casos de corrupção no Ministério da Educação (MEC) revelados pelo Estadão.
"Devia utilizar as novas Bíblias compradas pelo esquema pastores/MEC", escreveu Weintraub. Na publicação, Weintraub anexou a imagem de um Bíblia com uma arma escondida em seu interior. Como mostrou o Estadão, exemplares de uma edição da Bíblia com fotografias do então ministro da Educação e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura foram distribuídos em evento organizado pelo MEC.
Uma funcionária da Gol Linhas Aéreas foi atingida por estilhaços e teve ferimentos leves após o disparo acidental de Ribeiro. O ex-titular do MEC foi levado à Superintendência da Polícia Federal do Distrito Federal para prestar depoimento sobre o ocorrido.