No mesmo evento, Bolsonaro ainda voltou a desacreditar o sistema eleitoral brasileiro e orientou sua base a como votar neste anoIsac Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, recebem nesta quarta-feira, 27, representantes da Meta, empresa responsável pelo WhatsApp, para discutir sobre o acordo da empresa com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para só permitir a criação de grupos com milhares de participantes após as eleições deste ano. 
O encontro com os representantes do WhastApp estava marcado para ocorrer nesta manhã no Palácio do Planalto, em Brasília. Neste mês, Bolsonaro havia afirmado que o governo iria pedir uma reunião com responsáveis da empresa para discutir o acordo. 
O acordo entre a empresa e o TSE foi estabelecido para começar a valer após as eleições presidenciais deste ano com o objetivo de combater às fake news durante a campanha eleitoral, período em que o número de desinformação é elevado. No entanto, o presidente da República disse em algumas ocasiões que esse compromisso não deveria ser cumprido e era "inadimissível".
Por isso, ele disse que também poderia fazer acordo com o WhatsApp, já que o TSE também fez com a empresa. "Já conversei com o (ministro das Comunicações) Fábio Faria. (Ele) vai conversar com representante do WhatsApp aqui no Brasil para explicar (o acordo). Se ele (WhatsApp) pode fazer um acordo com o TSE, pode fazer comigo também, por que não?", disse Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil, durante o feriado de Páscoa no Guarujá.
O acordo do WhatsApp com o TSE foi estabelecido em janeiro deste ano em uma reunião entre o então presidente do TSE, Luís Roberto Barroso, e o chefe internacional do WhatsApp, Will Cathcart, para firmar as medidas que seriam implementadas pelo aplicativo de mensagens para combater notícias falsas e apoiar o processo eleitoral no Brasil.
Nesse cenário, a empresa anunciou que a adoção de subgrupos dentro de um grupo principal,  funcionalidade chamada Comunidades, que já vale em diferentes países, só passaria a funcionar no Brasil após as eleições deste ano.
Ao entrar em uma comunidade, os usuários poderão ver quais temas serão abordados nesses subgrupos, assim estarão a oportunidade de ingressar. Os administradores dos grupos estarão aptos a aceitar e excluir participantes das diferentes conversas e enviar avisos a todos os usuários.